Já recitei impulsivos versos
E vivi mais que um poema fugaz
Divaguei em pensamentos dispersos
Mas hoje não, não quero mais
Por mais que sinta uma estrofe ardente
E que o ímpeto aplique golpes pesados
Hei de portar-me tal qual um crente
Que almeja outra vida, mas a espera sentado
Se assim quiseres, viveremos uma antologia
Na qual serás minha bela musa
Me eternizando em minha própria alegria
Pois temo dar-te mais do que queres,
E que esta poesia lhe seja obtusa,
E que te tornes só outra entre as mulheres.
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